14.2.14

Há dias!

Há dias que se definham lentamente, mas não este... torturante, esmagador, como um raio que trespassa a carne. Dias de vazio, do nada, de estar presa a algo onde já há muito se deixou de pertencer, dias de mágoa contida no peito. Dias que gritam de dentro da alma em silêncios barulhentos. Dias que nos tolhem o pensamento, que nos dão um nó na garganta, que nos agarram e nos transformam em marionetas ao sabor da chuva que cai lá fora e vislumbra por uma janela lá ao fundo! Dias... horas, segundos que se esvaem numa ampulheta do tempo, implacável e sem piedade. Dias em que as palavras já gastaram todos os significados, onde os vocábulos já não dizem nada de tanto se repetirem. Onde o vazio corrói o mais destemido dos guerreiros, numa vontade última de depor a espada no chão e levantar a bandeira branca, dizendo: rendição! Dias de desgaste extremo, onde as forças já ficaram pelo caminho, matando a esperança... dias onde as palavras saiem aos soluços e se atropelam em sentido real. Dias negros como o céu, de onde choram os anjos ou os demónios... Dias... dias... sem fim! Já não se pede mais nada, apenas a morte final! Num grito apenas: acaba com a tortura de vez!

4 comentários:

Anónimo disse...

Dias assim... que chegam e passam como tantos outros... simplesmente assim!!
Beijo

Penélope disse...

Sil,
Hoje venho lhe convidar para conhecer e acompanhar um novo espaço onde estou postando com mais alguns amigos.
Espero que goste, pois eé um lugar de excelente qualidade e muito bom gosto.
Aguardo sua visita!!!
Abraços

http://refugio-origens.blogspot.com

Sil disse...

Obrigado pela visita!
Obrigado pelo carinho das tuas palavras sempre


Beijooooooo enorme para esse lado do oceano

Sil disse...

Há dias que não deviam existir na nossa memória!
Beijoooo