24.4.13

De cada vez


"Leio o amor no livro
da tua pele; demoro-me em cada
sílaba, no sulco macio
das vogais, num breve obstáculo
de consoantes, em que os meus dedos
penetram, até chegarem
ao fundo dos sentidos. Desfolho
as páginas que o teu desejo me abre,
ouvindo o murmúrio de um roçar
de palavras que se
juntam, como corpos, no abraço
de cada frase. E chego ao fim
para voltar ao princípio, decorando
o que já sei, e é sempre novo
quando o leio na tua pele."
Nuno Júdice

4 comentários:

Anónimo disse...

Porque a sensibilidade de sentir dessa maneira, não é para todos.
Já vi que sentes...e isso é tão bonito!

Um bom dia,Sil

Sil disse...

Se não é para sentir, valerá a pena viver!?
Supostamente que não.
Um bom dia também para ti
:)

Sol Negro disse...

percebo tanto este post...sou um ser que sente tudo à pele...onde a própria comanda a minha vida!


beijo

-___-,

Sil disse...

Há palavras de outros que se aplicam a nós como se tivessem sido escritas por nós, e para nós.
A pele, umas das memórias mais vivas que temos.
:)