16.9.15

Pequenos nadas...


Ela embrenha-se em si mesma, enrola-se como se fosse um novelo de linhas... arredondada, capaz de sentir-se no colo de si mesma, ouve a chuva lá fora, que presenteia a janela de tremores feitos de vento, e ela deixa-se ir... pelo sonho fora, de mãos dadas com ele no pensamento, sente-se a si como que abraçada por ele. As saudades são tantas, que se fechar os olhos com tamanha força é capaz de lhe sentir o toque suave pela pele macia, os beijos deixados espalhados com carinho. E no meio das saudades, as mãos têm vida própria tocam como se não fossem suas, e fazem-na renascer, entre gemidos e suores, todas as noites antes de dormir... e assim, se despede da vida ao som dos seus próprios prazeres gritados na almofada, companheira que jamais a abandona, e volta de manhã a sentir o sangue a pulsar, o coração a bater, a chuva que continua lá fora a abanar as folhas das árvores, e o som tão dele do outro lado da linha telefónica num bom dia que lhe faz nascer sorrisos no rosto... daqueles que duram o dia todo!!!...

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