30.4.13

Ser

 
Sentia-lhe o peito forte, liso a abarcar-lhe as costas encostadas, sentada em cima dele, acariciava-lhe a glande carinhosamente, espalhava o lubrificante por todo o falo semi erecto, e deixava-se arrepiar pelas sensações que as mãos dele provocavam ao arrebitar os seus seios, à língua que provocadoramente lhe lambia o pescoço, e roçava a orelha. A cada toque o desejo que os inquietava subia em temperatura, ardia-lhes no sangue que fervilhava pelos corpos quentes, seguros de se terem e desejarem. Ele queria, ela queria, o caminho fazia-se pelos trilhos da ânsia de se preencherem um ao outro. Os sucos internos escorriam de dentro deles chamando-os ao acasalamento. Lentamente o botão de rosa dela estava florido, e encharcado esperando a entrada do invasor em terreno alheio com a devida autorização, permitido de entrar e sair as vezes que conseguisse no máximo de gemidos possíveis. E ele entrou e saiu de dentro dela, até lhe sentir o corpo a perder forças em tremores, em espasmos que lhe sacudiam as pernas, e o apertavam dentro de si, sentindo-se a ser estrangulado num misto de excitação e dor. E a explosão de sabores misturados fez-se sentir electricamente de cada vez que cada um se movia dentro do corpo do outro. E foi assim que se abandonaram um ao outro. Permitiram-se apenas ser.

2 comentários:

Estrela disse...

A magia da unicidade Sil.
Intenso, escaldante, envolvente...união de Corpo e Alma, tal como deve ser.

Beijos *Estrela*dos*

Sil disse...

Estrela,
A plenitude só se alcança nesse nível.
:)