28.9.13

Seguindo sempre...

 
É quando a lua lá do alto ilumina a terra que fecho os olhos e deixo que a sua inspiração divina me invada, a mente, o corpo, onde deambulam desejos, fantasias, o meu mundo, onde me crescem as forças para voltar à vida, aquela que tem de ser vivida, sempre sem interrupção, porque os ponteiros do relógio nunca páram, nem perdoam a quem fica apenas a olhar. Cada dia é sempre um novo dia, e cada fase um ciclo, onde derrubo barreiras e volto a construir outras. Tenho nas mãos o poder de criar acima de qualquer outra coisa, de pintar a tela da minha existência, mesmo que o universo me envie trovões, tempestades, e que tenha atravessado o deserto tantas vezes. O problema é o hábito de sentir companhia em algumas passagens, e quando se deixa de ter, volta-se ao estado inicial, sozinha, sabendo que aquela cruz é apenas minha, e tenho de a carregar, e se cair, terei de levantar e voltar a carregar com ela. É minha, e ninguém a pode carregar por mim, nem seria a mesma coisa, não seria eu se deixasse nas mãos alheias as maiores decisões da minha travessia. Não foi fácil, ninguém disse que seria fácil, mas tenho de reconhecer que todos os momentos valeram a pena, mesmo os que abandonei por falta de condições em continuar, porque não me levariam a lugar nenhum. Mais uma prova de resistência, pois que seja, não vai ser desta que vou quebrar, pode não ser neste momento que saiba o que fazer, mas a solução já lá está, e virá ter comigo no momento certo. Sei, sinto, acontecerá, embora neste momento os olhos fiquem embaciados... A vida muda a cada instante, e mesmo desejando que a calma me atropelasse e fizesse férias no meu reino, a adrenalidade que me corre nas veias, alimenta a força com que vivo! A rosa sem espinhos não seria a rosa, e não seria tão bela!

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